segunda-feira, 24 de março de 2008

Depois do grande hiato

Coen cool!

Bem, aqui estou eu de novo depois de dois meses distanciado. Mas não parei: vi mais Polanski, o novo dos Coen (duas vezes), que é simplesmente um dos melhores da década, sem um pingo de exagero, Sangue Negro, outra coisa fabulosa e ácida de Paul Thomas Anderson. Estou lendo Luz em Agosto, de William Faulkner (aliás, alguém sabe se existe alguma adaptação dessa obra para o cinema?), um tremendo livro, de uma estrutura impressionantemente densa e rica em seu entrelaçamento de histórias e rumos, além das palavras de Faukner que parecem ter sido lapidadas à exaustão, mas paradoxamente são de uma naturalidade e fluidez sem iguais. Bom, pretendo escrever mais detalhadamente minhas impressões sobre No Country For Old Men, o filme que mais esperava pra ver nesses últimos meses (quase 1 ano) desde que li a jóia que é o romance de McCarthy, e que me satisfez plenamente, superou minhas já ótimas expectativas e fechou com chave-de-ouro na última cena, Tommy Lee Jones arrebatador, num monólogo que já grudou permanentemente na minha memória - mesmo tendo sido quase que totalmente transcrito do livro. E um "Bravíssimo" aos genias irmãos Coen, faturando suas estatuetas de filme e direção com sua tranqüilidade e humor sensacionais: "Isso aqui não é muito diferente do que fazíamos quando crianças!"

O genial xerife melancólico de Tommy Lee Jones